Você deve procurar um coloproctologista ao apresentar sintomas como sangramento, dor ou desconforto na região anal, alteração no hábito intestinal (diarreia ou constipação persistentes ou recentes), inchaço, prolapso ou abaulamento (caroço) anal, secreção, escape fecal ou coceira intensa, sensação de bloqueio evacuatório ou de evacuação incompleta, além de perda de peso inexplicada ou dor abdominal recorrente.

Além disso, é essencial realizar exames preventivos, como a colonoscopia, a partir dos 45 anos ou antes caso haja histórico familiar de câncer colorretal. Também é essencial buscar acompanhamento para doença diverticular colônica e doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn.

Na maioria dos casos, não é necessário nenhum preparo especial para a primeira consulta com o coloproctologista. Porém, é importante levar exames anteriores (como colonoscopia, tomografias abdominais ou pélvicas, ultrassonografias, exames de sangue e demais exames relacionados), além de uma lista com os medicamentos que você utiliza.

Anote seus sintomas, quando começaram e se pioraram ou melhoraram com algo específico. Essas informações ajudam o médico a compreender melhor o quadro e indicar os próximos passos.

O coloproctologista é o médico especializado no diagnóstico e tratamento cirúrgico e não cirúrgico de doenças do intestino grosso, reto e ânus. Entre as principais condições que ele trata, estão:

• Doença hemorroidária
• Fissura anal
• Fístula anal
• Abscesso anorretal
• Plicoma anal
• Cisto pilonidal (cisto sacrococcígeo)
• Condiloma anal (verrugas anais causadas por HPV)
• Sangramento anal ou nas fezes
• História familiar ou pessoal de câncer de intestino (cólon e reto)
• Pólipos intestinais
• Doença diverticular colônica
• Doenças inflamatórias intestinais (Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa)
• Constipação intestinal crônica
• Incontinência fecal
• Prolapso retal

Se você apresenta alguma alteração, como sangramento, dor ao evacuar, prolapso anal, alteração no funcionamento do intestino, ou qualquer sintoma no intestino ou no ânus, agende uma consulta!

A fissura anal é uma pequena ferida no ânus que provoca dor ao evacuar e, muitas vezes, sangramento.

Na maioria dos casos, melhora com medidas higienodietéticas e medidas clínicas gerais como banhos de assento, pomadas relaxantes e ajustes na dieta.

Quando se torna crônica ou não cicatriza, pode ser necessário tratamento cirúrgico para correção definitiva.

O abscesso é uma infecção que gera acúmulo de pus ao redor do ânus, causando dor, inchaço e vermelhidão.

A fístula surge quando esse abscesso drena e cria um canal anormal entre o interior do reto e a pele externa.

Ambos exigem avaliação médica, sendo que o abscesso demanda drenagem imediata e a fístula, quase sempre, cirurgia.

Os principais sinais e sintomas da doença hemorroidária incluem:

• Sangramento ao evacuar (geralmente sangue vermelho vivo no papel higiênico ou nas fezes)
• Coceira ou irritação na região anal
• Dor ou desconforto anal, especialmente ao evacuar
• Presença de nódulos ou “caroços” na borda do ânus
• Sensação de evacuação incompleta ou pressão anal

É importante lembrar que outras doenças também podem causar sintomas parecidos, como fissuras, fístulas ou até problemas mais graves. Por isso, o diagnóstico correto é feito por um coloproctologista, após avaliação.

O sangramento nas fezes pode ser um sinal de doença das hemorroidas, especialmente quando o sangue é vermelho vivo e aparece no papel higiênico, no vaso sanitário ou sobre as fezes. No entanto, nem todo sangramento anal é causado por hemorroidas.

Outras condições que também podem causar sangramento incluem:

• Fissura anal
• Pólipo intestinal
• Doença diverticular
• Doença inflamatória intestinal
• Câncer de intestino

Por isso, é fundamental investigar a causa. Procure seu coloproctologista para uma avaliação detalhada. Quanto mais cedo a causa do sangramento for identificada, maiores as chances de um tratamento eficaz e seguro.

Grande parte dos casos de hemorroida pode ser controlada com mudanças de hábitos, uso de fibras, pomadas e medicamentos.

Em situações específicas, procedimentos simples como a ligadura elástica podem ser suficientes.

A cirurgia é indicada apenas para casos graves, quando há sangramento intenso, dor persistente ou falha de outros tratamentos.

É um procedimento minimamente invasivo realizado no consultório, sem necessidade de sedação ou internação.

Um pequeno anel de borracha é colocado na base da hemorroida interna, interrompendo sua circulação sanguínea.

Em poucos dias, a hemorroida seca e cai naturalmente, com mínima dor e recuperação rápida.

Depende! A hemorroidectomia pode causar dor no pós-operatório, principalmente nos primeiros dias. Isso ocorre porque a região anal é muito sensível e sofre estímulo durante a cicatrização.

No entanto, existem técnicas modernas e medicamentos que ajudam a controlar bem o desconforto. O uso de analgésicos, banhos de assento e orientações adequadas reduzem a dor e aceleram a recuperação.

Cada paciente responde de forma diferente, mas, em geral, com os cuidados corretos é possível atravessar o período pós-cirúrgico com segurança e alívio progressivo dos sintomas.

O período de recuperação varia conforme a técnica utilizada e a resposta individual de cada paciente. Em geral, o retorno às atividades leves ocorre entre 7 e 10 dias, enquanto a cicatrização completa pode levar 3 a 4 semanas.

Durante esse tempo, é comum sentir algum desconforto, que melhora progressivamente com o uso de analgésicos e cuidados locais, como banhos de assento.

Atividades físicas intensas, esforços e relações sexuais devem ser evitados até a liberação médica. O acompanhamento nas consultas de revisão garante uma recuperação segura e adequada.

A possibilidade de realizar uma cirurgia a laser na coloproctologia depende do seu diagnóstico específico e da avaliação do seu coloproctologista. A cirurgia a laser é uma técnica minimamente invasiva que pode ser indicada para o tratamento de condições como:

• Doença hemorroidária
• Plicoma
• Fissura anal
• Fístula anal
• Condilomas anais (verrugas causadas por HPV)
• Cisto pilonidal

A técnica a laser é especialmente eficaz em casos onde o objetivo é reduzir a dor, acelerar a recuperação e diminuir o tempo de internação. Converse com seu médico. Em casos de dúvidas, agende uma consulta!

A colonoscopia é o principal exame para prevenir o câncer de intestino, pois permite detectar lesões precocemente, muitas vezes antes que se tornem malignas.

O rastreamento inicia a partir dos 45 anos de idade, mesmo quando não se apresentem sintomas.

Pessoas com histórico familiar de câncer de intestino, pólipos, ou doenças inflamatórias intestinais (como doença de Crohn ou retocolite ulcerativa) podem precisar iniciar o rastreamento antes dos 45 anos e com maior frequência.

Além disso, caso você apresente sinais e sintomas como: sangue nas fezes ou no papel higiênico (vermelho vivo ou escurecido), dor abdominal persistente, cólicas frequentes, alterações no hábito intestinal (como diarreia ou prisão de ventre prolongada), perda de peso sem causa aparente, anemia inexplicada, sensação de evacuação incompleta, pode ser necessário realizar uma colonoscopia para investigação.

A colonoscopia é um exame geralmente bem tolerado pela maioria dos pacientes. Para garantir o conforto do paciente, a sedação ou anestesia geral feita pelo médico anestesista é geralmente utilizada durante a colonoscopia. Isso significa que o paciente não sentirá dor durante o exame.

Após o exame, pode haver desconforto abdominal leve por algumas horas, mas geralmente passa rapidamente.

Sim, o preparo para a colonoscopia é essencial para garantir que o exame seja realizado de forma eficaz e segura. O principal objetivo do preparo é limpar completamente os cólons e o reto, removendo resíduos fecais que possam obstruir a visão do médico e dificultar a avaliação do intestino grosso. Quando o intestino está limpo, o médico consegue visualizar claramente as anormalidades, como pólipos, inflamações, divertículos ou sinais de câncer de intestino.

Não! A maioria das cirurgias do intestino não requer colostomia.

Ela é indicada apenas em situações específicas, muitas vezes temporárias, para proteger a cicatrização.

Quando necessária, o paciente recebe orientação completa sobre adaptação e cuidados.